terça-feira, outubro 16, 2007

desequilíbrios

De novo, tudo de novo. Ou seja, tudo uma outra vez.
Mais medo, mais muito medo. (tantos m's )
Perco o balanço, o equilíbrio é frágil e as tardes teimosas. Suo, tremo, choro um pouco. Será orgânico? Será ficção?

É tremendo - e tramado - viver num mundo em que temos de pagar para que nos ouçam. Quinta-feira, às 10h30, com desconto ADSE.

"Obrigada, bom dia e até para a semana, sim? "

segunda-feira, setembro 10, 2007

golpes

Um golpe profundo. Um golpe profundo que numa daquelas noites demasiado escuras alguém te deu. Um golpe profundo, uma pessoa, talvez uma mesa e uma cama por fazer. Um golpe profundo, duas pessoas. A golpeada e a outra, a que dá o golpe.
Um golpe cada vez mais profundo, que nunca mais sara (controverso, assim me chamo ).
Medo do escuro? Algum. Talvez muito.


Depois não digam que não avisei...

domingo, agosto 12, 2007

palavras

a solidão enche-me de palavras. deve ser isso que me desorienta os gestos. as vagas tremeluzentes que me atropelam os passos. não sei que fazer comigo nestes momentos em que me sinto trôpega e sem forças, em que parece que o meu coração se desprendeu das veias e anda à solta pelo meu corpo todo ao mesmo tempo.
apesar de ser disparate. é disparate, toda esta coisa desenfreada. nunca gostei de auto-comiseração e no entanto cá me tenho subconscientemente e descontroladamente cheia de pena de mim, de medo de mim. cheia de mim a correr-me a galope num pânico só meu que nem eu compreendo.

porque será que é a noite que mais nos assusta nestes momentos? porque será que vem a insónia e os pensamentos de céu sem estrelas? ainda o sol não se pôs e já penso no escuro que chegará. e tenho medo de ter de atravessar a noite que não acaba de olhos abertos. porque sei que isso me põe ainda mais doente.

tive uma recaída. o meu coração amachucou-se um bocadinho mais. está fechado num punho com dedos demasiado fortes para eu conseguir sequer demover uma falange. pouco falta para ser solto, de uma maneira ou de outra. mas é a espera que me adoece. enquanto aguardo, longe do abraço que ao menos me desprendia os cabelos, penso demais. não quero pensar.

já lá vai um ano desde o último medo do escuro. o escuro não voltou. mas estou na sombra.