segunda-feira, março 06, 2006

quando o sol nao chega

passa dando o tempo às horas mas
a luz não me faz sombra.
permanece distante onde a sei
tira-me de mim
- és fraca demais
e perco-me do fôlego
quero encontrar-me os pedaços
nas pedras
nos carris
nas pastilhas pisadas
nas descidas e covas
nas paredes pálidas
nas figuras com cara sem rosto
nem na montra um reflexo
em cinzento moribundo
não me escreve no chão
não me sopra
não me vejo
arrefece

3 comentários:

Anónimo disse...

desde o dia que postaste isto que ando às voltas com as palavras para te conseguir dizer a coisa certa.
por enquanto só sai isto.
demasiado pessoal, demasiado íntimo para conseguir comentar. fica o sorriso. pode ser?
e o conforto de me sentir em casa com o que escreves e sentes.

Anónimo disse...

O sol não tarda aí...

Anónimo disse...

ui.gostei muito.