há dias que se predispõem à melancolia. hoje é Abril a cântaros, melancolia em jorros de cinzento e depois o mundo a desaparecer no negrume. o rádio raspa o ar lentamente, à procura das notas no meio da chuva.
sabes aquele aperto da solidão? quando chove não consigo senão pensar que é só o corpo a querer encolher para caber naquele espaço entre as gotas. porque deve achar que ali se respira melhor. e encharca-se de suspiros, ao tentar mirrar-se.
sabes uma terapia? jazz. um pint gelado. velas. o chão quente de madeira corrida. o abraço de uma manta ou - se quiseres - de uma voz amiga. imaginar que o tiritar das gotas nas janelas são ritmos para uma música que a chuva está à espera que inventes.
quinta-feira, abril 17, 2008
cântaros
insónia de
polegar
acendeu a luz às
20:37
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6 comentários:
Por vezes, sem querer, ou por algum querer maior que a vontade de caminhar ao acaso, desaguamos em espaços que nos tocam, da fonte do verbo... Gostei-te aqui na palavra :-)
Bom post :)
A solidão é fractal...
mais que um, menos que dois.
Lindo post, ilustra bem as melancolias desta vida em que tão pouco pode ser compartilhado.
Um abraço.
Eu só queria perder o medo...
que bonito post!
o maximo!
gostava que fosses a
arte-e-ponto.blogspot.com
Carla
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